quarta-feira, 28 de setembro de 2011

7ª Etapa / 8ª Etapa


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7ª Etapa: Caorle / 8ª Etapa: Caorle - Maranello, 7h45mn, 293 km

Hoje, é dia de ir à "Fiera"!

Deixamos a Gigi no parque do hotel e fomos, cerca de 10 minutos a pé, até à Feira.

Pagámos o ingresso (6€) e telefonei para o amigo Roberto, que estaria ocupadísimo, pois esta feira é organização sua (Epoca Car).
Disse-me para esperar por ele junto à entrada.

Quando chegou, fez uma festa. Satisfeitíssimo por termos chegado com a Gigi, vindo de tão longe.
Perguntou-me onde estava "ela".
Quando lhe disse que estava no parque do Hotel, pediu-me para a ir buscar, pois queria pô-la em lugar de realce, em exposição na feira.

Entregou-nos duas braçadeiras de livre circulação.
Ofereci-lhe duas garrafas de Vinho do Porto e outra de Vinho Verde.

Fomos buscar a Gigi.
Quando chegámos, ao parque da feira, já o "staff" estava à espera, dispondo de um lugar estratégico, perto das viaturas que estavam em venda.


O Roberto escreveu um cartaz muito engraçado, que colocou no pára-brisas, publicitando a origem daquela viatura.

"Ciao, io mi chiamo "Gigi" e sono molto stanca
perché sono venuta da Lisbona - Portugallo!
Lasciatemi riposare perché domani devo tornare! 

(Viva, chamo-me "Gigi" e estou muito  cansada, porque cheguei de Lisboa - Portugal! Deixem-me descansar, porque amanhã devo regressar!)

Era, sem dúvida, uma das atracções da feira, a julgar pela quantidade de curiosos que se acercavam dela, deixando mensagens de apoio, de espanto pelo arrojo e até de convite para estar presente noutras feiras (sem a Gigi, claro!).

Era comum, quando passeavamos na feira, como estavamos identificados com uma "t-shirt" da "belvedere", perguntarem:
-"Vocês são os tais, que vieram de Portugal?"

Na Feira, andámos à procura de acessórios que faziam falta.
Havia muita coisa, principalmente acessórios de viaturas automóveis italianos e de motociclos,Vespas, Lambretas, Cucciolos, etc..
Esta feira não tem a dimensão de outras, como de Imola ou mesmo de Padova, mas tinha quase tudo.
Ainda enchi uma mochila de peças que me faziam falta e de acessórios que convém ter de reserva.

Mas a finalidade desta (grande) viagem não foi só para comprar peças, mas sim, mais importante, fazer contactos com comerciantes, para futuras necessidades, e ainda, mais um teste/homenagem à fiabilidade de viatura antiga, que apesar de ter, nesta altura a vetusta idade de 58 anos (!), demonstrou, até agora, que vai onde vão as outras mais modernas, com relativo conforto e economia notável.

Na feira, encontrámo-nos com o amigo Tano, de Bologna, que nos vendeu alguns dos acessórios em falta, como nos ajudou a escolher acessórios de outros colegas dele. Grazie, Stefano Tano.

O "pai" da Gigi, Eurico Bragatto, encontrou-se connosco, e apresentou-nos a amigos dele, que já sabiam da nossa história/aventura.

Na feira, visitámos o Pavilhão Abarth.




Que espanto! Cerca de 30 viaturas, algumas delas que só vimos em revistas ou no ecrã dos cinemas ou televisão e que fizeram reviver os anos 60/70.


No exterior, havia uma exposição de camiões antigos, onde se destacavam alguns camiões Lancia e uma camionete Fiat, da mesma cor da Gigi , em perfeito estado de conservação/restauro.


Gostaríamos de ver o seu motor, mas o proprietário não estava por perto...

Mais tarde, recolhemos ao hotel, com as pernas e pés a pedirem descanso, mas com uma grande satisfação por ali estarmos.

No dia seguinte, lá voltámos e apesar do convite do Roberto para ficarmos até mais tarde, tínhamos de iniciar a viagem de regresso, com muita pena nossa.

Ainda comprei mais alguns itens, para o "Gigio" (o Topolino, que ficou em casa), que estavam em falta.

O Roberto despediu-se de nós, visivelmente comovido, agradecendo a presença e selou com a oferta de um vinho Lambrusco.

Quando já vinhamos a caminho, deixando Caorle, encontrámos uma concentração de viaturas antigas, onde estavam duas "belvederes", dois "topolinos" e outros da mesma idade. Fizeram-nos uma festa e até nos convidavam para almoçar, o que declinámos, por termos o tempo um pouco justo.




Eles já sabiam da nossa aventura...
Estranho...
Porque seria???


De Caorle saímos para Maranello, para visitar no dia seguinte o Museu da Ferrari, pois quando por lá passámos na sexta-feira, já estava fechado, como se lembram.


A viagem até Maranello, recomenda-se, indo por estradas secundárias,
 "Villas" (solares) de sonho, quintas e vinhedos,  etc.. 

Durante estes quilómetros feitos pelo campo, tivemos o ensejo de "cheirar" algo que me trouxe às recordações de infância.
Antigamente o cheiro a vacarias, não era como hoje.
Não sei se será por causa das rações para gado, mas "aquele" cheiro, não é nada desagradável. Parece que é um misto de feno e leite!
Difícil de descrever, mas que me fez lembrar as minhas estadias, quando miúdo, na quinta da minha tia, no Alto-Vieiro, em Leiria.

Almoçámos numa pizzaria (louca) a "Shock" de Oria.

Fizemos reserva no "Maranello Village" (Museu temático da Ferrari), onde chegámos pela noite.
O Hotel é uma maravilha para os amantes da Ferrari, e não só!

Na recepção um F1 de 2009 repousa por cima do Recepcionista ...

Depois de malas nos quartos, no edifício Daytona, fomos jantar fora, porque o "Padock", restaurante temático do Hotel, estava encerrado para descanso do pessoal.

O jantar no restaurante Lo Smeraldo frequentado pelos "society" Ferraristas, foi belíssimo e requintado.

Embalados com o "cantar" de F 40 ou 250 GTO, adormecemos com um sorriso nos lábios...

Até amanhã.


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1 comentário:

  1. A mensagem que o vosso amigo colocou na Gigi, na Feira, foi uma ideia muito engraçada... abraços

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