sexta-feira, 23 de setembro de 2011

4ª Etapa

Esta etapa, poderia ter sido evitada, devido à sua pequena distância (132km), mas optámos por um dia de descanso (?)...

4ª Etapa: Cambrils - Barcelona, 132km, 6:00h


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Depois de um bom "desayuno", no hotel, fomos para a praia, tomar um banho nas cálidas águas do Mediterrâneo.



Almoçámos num restaurante de praia e cerca das 14H00, preparámo-nos para a etapa final em terras de D. Quixote.
15:00h Saida Hotel.



Atestámos a montada e rumámos a Tarragona, à procura de um super-mercado, para aprovisionarmos alguns "comes".

Seguimos as indicações da Catarina (voz do GPS TomTom) e ficámos surpresos quando ela nos indicava a AP7.
(Desde Lisboa, que temos tentado evitar viajar em Autopistas (a pagar), em Espanha, pelo menos... Itália é outra conversa!)
Depois de várias reconfigurações, lá fomos "forçados" a entrar na AP7.



Enquanto avançávamos na Autopista, literalmente colada a nós... lá estava a Autovia... que não se paga!
Fomos a resmungar com a Catarina até às portagens!

Uns bons quilómetros mais à frente, quando apareceram as referidas portagens, fomos "obsequiados" com um "puede seguir", sem ter de pagar.



"Gracias". (e disquiulpia Catarina... por termos duvidado de ti!)

Por esta altura, a nossa embraiagem, começou a dar sinais de "muerte" nas subidas mais pronunciadas e até mesmo nas saídas das rotundas.

Como estava a ver o caso mal parado, parámos em dois "talleres", mas não se comoveram ao ponto de afinarem a cansada embraiagem, para podermos chegar a Barcelona a tempo, apesar de faltarem cerca de 55 quilómetros.

Um dizia que tinha muitos carros para acabar... e outro que deveríamos ter chegado mais cedo?!?!?
"Hombre... por que não te callas?"
Ou achas que vim de Lisboa para fazeres a revisão ao carro?

Lá demos com um terceiro, um "velho" mecânico, tipo Chanquete do Verão Azul, que se prontificou a dar um toque no veio de afinação, não mexendo nas porcas do prato de pressão, dizendo que aquela embraiagem estava "muerta" e que mexer ali seria um trabalho de "mier.."!

Seguimos caminho, com o coração nas mãos e pior, com o espectro de "morrer na praia", pois não conseguíamos que a quarta velocidade não deixasse de patinar, mesmo nas subidas suaves e até em algumas rectas.

Estava o ambiente a ficar pesado, por ser demasiado silencioso a bordo...

O meu genro, que assistiu às explicações do Sr.Ventura, em Pegões, sugeriu-me para fazer o trabalho, seguindo as instruções deste.

Estávamos num troço, muito giro, mas muito complicado, que fica entre Sitges e Barcelona, estrada de montanha, junto ao mar, sem possibilidades de encostar, arrastando-nos cada vez mais.

Desesperávamos a cada metro que passava e a fila, atrás de nós, adensava-se cada vez mais!

Um elogio ao civismo dos condutores "catalanes", que não reclamaram com buzinadelas ou qualquer outra manifestação de desagrado. Antes pelo contrário, quando surgiu um curta recta, ultrapassaram, dando-nos ânimo ao espetarem o polegar no ar (e não outro...)!

Finalmente surgiu uma escapatória que era o acesso a uma cimenteira.

Parámos e liguei para Portugal, para o Sr.Machado, nosso mecânico "on-line", que sabendo das condições da embraiagem reconstruída lá nos disse como podería minorar o efeito de patinar.



Aproveitámos uma valeta da chuva, e como o meu genro é (bem) mais magro que eu e conhecedor das intruções do Sr.Ventura de Pegões, enfiou-se debaixo da Gigi e com a minha ajuda a fornecer as ferramentas, luzes, etc. e ainda com o Sr.Machado ao telefone, lá demos volta e meia às tais porcas, fazendo o tal serviço de "mier..", que o espanhol não quis fazer!



Uma hora depois, e depois de testarmos, a Gigi pareceu ganhar (um pouco) mais de alma e com a ferramenta arrumada, voltámos à estrada.

Não estava como nova, mas ganhou mais alma e com cuidado vencemos os restantes desníveis, até chegar a Barcelona, ao fim de seis horas (!), para fazer cerca de 132 Kms!



Suámos as estopinhas, mas chegámos e depois de um abraço bem apertado, aguardámos o momento de embarque.

Na subida para o deck de estacionamento do ferry, com uma inclinação superior a 15º, a Gigi mostrou a sua eficácia, apesar do "seu mecânico", ao crispar a mão à volta do pilar "A", não estava a demonstrar confiança no trabalho executado...



Esperemos que "aquele toque" dê para chegar a Bolonha, depois de atravessar os Apeninos, onde, devemos ter a colaboração prometida, de forma a levar a bom porto esta aventura.



O jantar a bordo, foi por minha conta, para agradecer a colaboração do eleito "mecânico de serviço".
Obrigado "Pepe Riotchia"!
 
Finalmente, recolhemos ao camarote, para, depois de recordar um dia tão cheio de emoções, com o "ronronar" dos motores do ferry, dormimos profundamente.

Amanhã, ao fim do dia, avizinha-se outra etapa excitante...
Até amanhã.


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1 comentário:

  1. Ah ..... LEÕES!!!!!! Que pena tenho de não poder estar a acompanhar "ao vivo e a cores" esta aventura. 3 grandes aventureiros: Luís, Pepe Riotcha e GIGI. Já com a nova embraiagem continuação de boa aventura/viagem. E não se esqueçam de nós: vão actualizando o blog. Abração grande

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